quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Violência Psicológica.
escrito por: Daniela Mann

Muito se tem falado acerca da violência doméstica, no que diz respeito às tareias, murros, pontapés e outras coisas piores. E este tipo de violência é mais fácil de denunciar, (desde que a vítima se encha de coragem para tal), uma vez que existem marcas físicas que provam a agressão!

Porém, há um outro tipo de abuso acerca do qual ninguém fala, por não haver maneira de o provar em tribunal, nem em lado nenhum! É a chamada: “Agressão psicológica”, que é tão ou mais destrutiva que a outra, na medida em que quebra totalmente a pessoa por dentro, paralisando-a, tornando-a paranóica, como se vivesse com a mania da perseguição…

Existe um perfil para este tipo de agressor:
Gostam de atrair mulheres que são bem sucedidas profissionalmente, que tenham estabilidade emocional e sobretudo financeira! Mulheres que se aventuram em negócios, causas políticas ou religiosas, ou seja, pessoas resolvidas.

Estes indivíduos são quase sempre simpáticos, extrovertidos, educados, mas com grandes complexos de inferioridade! Por isso mesmo, têm o objectivo de tomar como missão, destruir a pessoa bem sucedida que está ao seu lado! Começam com pequenos “conselhos”, do género: “Estás mais gordinha! Tens de prestar atenção à tua alimentação!”. Depois vão avançando para discretos comentários em público, que a paralise m e a façam sentir insegura, sem que os outros percebam: ” Tens mau hálito”, “Estão todos a gozar contigo”, ” Ouvi alguém comentar que estás mal vestida!”…

Perante isto, e com o passar do tempo a pessoa vai perdendo a auto-estima, enquanto que ele brilha cada vez mais. Aos poucos vai ganhando fama de tímida e lá se vai desculpando com o trabalho e o cansaço, recusando educadamente os convites dos seus amigos… Curioso é que a vítima acredita o outro é o seu único amigo e mesmo quando o abuso é insuportável, há uma tendência enorme para acreditar nas críticas e nos insultos que lhe são dirigidos.

Em casa ele não lhe liga, grita-lhe a toda a hora, manda-a calar, chama-lhe burra, diz-lhe que está com cara de velha e que nem vale a pena maquilhar-se porque ainda é pior… Em público, abraça-a, beija-a, elogia-a em voz alta, mas lá a vai humilhando em segredo, sempre à espera que tenha um ataque de fúria perante toda a gente que o acha o máximo, de forma a que todos concordem que endoideceu de vez, quando na verdade o doente é ele!

Reconhece este quadro? Se a resposta for afirmativa, talvez esteja na altura de tomar uma atitude, mas não sem antes preparar um grande jantar de amigos, contar umas histórias e anedotas, e lá uma vez por outra, aproxime-se dele com o sorriso mais convincente do mundo e segrede-lhe que, para além de estar com um hálito de morte e um macaco na ponta do nariz, está mais mal vestido que um palhaço! Abrace-o e continue a distribuir sorrisos pelos seus convidados! Afinal, também lhe faz bem provar do próprio veneno!

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